Você já viu uma placa de aviso, de propaganda,de instrução e acabou dando muita risada?
É isto que vamos fazer aqui: coletar placas pelo Brasil,com a ajuda de vocês, leitores, que poderão enviá-las
para o meu e-mail. Vamos comentá-las e aprender Português de uma forma divertida.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A padaria é ótima, mas o português...


Essa placa causa um estranhamento, não? Vamos descobrir por quê. O que falta nela é o PARALELISMO. O que é isso ? Quando formulamos uma frase com vários segmentos, devemos ter o cuidado de observar se eles estão paralelos, ou seja, se a construção sintática é a mesma nos segmentos e se as palavras são do mesmo campo semântico. Difícil entender? Pelo exemplo vai ficar mais fácil. Veja: Eu gosto de goiaba, de caju e de abacaxi. Goiaba, caju e abacaxi fazem parte do mesmo grupo semântico, são frutas.Quanto à estrutura sintática, é a mesma : de goiaba, de caju, de abacaxi ( preposição de + substantivo)
Paralelismo é a construção de frase em que há harmonia sintática, semântica, e às vezes, rítmica, entre seus segmentos. 
Em nossa placa acima, não ocorre o paralelismo, nem sintático nem semântico. As palavras "animais" e "camisa" são distintas. Poderíamos melhorar a mensagem desse modo:  "Proibido entrada de pessoas sem camisa  e de pessoas portando animais". Nesse caso, não ideal, não haveria o paralelismo semântico, mas apenas sintático.
Outra possibilidade, mais simples e objetiva: Proibido Entrada de animais e de pessoas sem camisa.










sábado, 21 de fevereiro de 2015

Quem corre o risco?


Esse pedido/aviso mostra dois problemas: após o "por favor" coloca-se vírgula, dando destaque e ênfase  ao pedido. Na sequência, podemos melhorar a frase assim: "..., pois corre-se o risco de afundá-lo, provocando acidente indesejável." Dessa maneira, usando a partícula "SE" (indeterminante do sujeito) deixamos claro que o sujeito de "corre" é indeterminado, ou seja, qualquer pessoa pode se ferir. O que não podemos é deixar o verbo sem um sujeito, mesmo indeterminado.
Alguém poderá dizer: "E os verbos que não têm sujeito?" Bem, isso é matéria para outro post...

PS- Observação  feita pelo meu amigo Mário Dimas Carpi: "Por favor, não se apoiem no balcão..."
Obrigada pela colaboração.